quarta-feira, 8 de junho de 2011

avelã-pimenta

Voltámos, regressados de dores mais profundas do que as palavras podem exprimir, da impossibilidade de sermos felizes. Encontrámos dois livros de auto-ajuda, cinco workshops de curas espirituais, duas centenas de dias de escuridão porque as janelas estavam fechadas, tantos e tantos desenhos macabros em costas arrefecidas pelo vento e pensámos que, finalmente, estava na altura de escapar da estupidez das dores de peito e enterrá-las num pocinho radiactivo mas isolado, para que crescessem e rebentassem sozinhas. Morte sangrenta a essas estúpidas causadoras de corações dilacerados, esmaguemo-las sem pena, concentrados apenas no momento em que não mais irão ditar sentimentos. Adeus-adeus!

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