quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

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people have a way of blinking and missing the moment...

Hank Moody in Californication

domingo, 10 de janeiro de 2010

de mochila às costas a conhecer os leões de África.

na maior parte dos dias da minha vida, apetece-me não ser quem sou. nesses dias, sou criança que quer acordar e escolher ser uma pessoa diferente e ter uma vida semelhante mas com outras condicionantes. sou a pessoa crescida que desce à noção de mundo de uma criança e imagino como seria pegar na bicicleta cor de rosa que está pendurada na garagem e levar apenas uma malinha pequena para conhecer o meu bairro, como se de uma grande e importante viagem se tratasse. imagino-me a sair de casa, ainda de noite e entrar num autocarro amarelo com direcção ao mar e viajar até a paisagem ser só praia e não se ouvir mais a respiração de ninguém a não ser a minha. imagino a simplicidade de viver longe daqui, imagino como seriam as saudades e a dor, penso nas várias maneiras de mudar o passado para fazer um presente diferente, imagino porque imaginar é divertido, é o que me faz andar, é o que torna realidade as minhas invenções, imagino como é espreitar para dentro do espelho e dps pousá-lo no chão com a felicidade de criança e saber que o melhor mesmo, é pegar na cassete de video e sentar-me no sofá a aproveitar os domingos à tarde enquanto eles existem.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

I still want to put my hands around your neck.

ainda me apetece matar-te, às vezes.
virar-te do avesso e agredir-te até perder todas as forças.
gritar-te obscenidades para poder gozar da expressão de desilusão privada, que sai dos teus olhos.
é incrível como ainda despertas em mim, de tempos em tempos, uma raiva descontrolada que apenas se acalma pela distância auto-imposta.
custa-me ferver assim perante o pensamento que ainda existes, ainda és pessoa, ainda te dás e recebes, ainda és capaz de ser feliz.