quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

framboesas no inverno



Daqueles batimentos cardíacos que enchem o peito ao ponto de deixar a respiração entrecortada, sufocante, cheia de imprevistos. Chamo-os pelo nome, soluços do coração. Impossíveis de controlar, que não desaparecem por causa de susto mas sustêm-se pela impaciência, pela corrida, pelo doce e pelo amargo dos acontecimentos. Agarram-se aos dias, escondem-se em horas de fim de dia, no intervalo entre a chuva, longe daquela que é torrencial porque não precisam dela para se lavarem, todo o ar que entra pelo peito é suficiente para alimentá-los.

sábado, 18 de outubro de 2014

L'amour naissant


E depois há aquele fim de dia tão bom, quando o cansaço se agarra aos olhos e já quase são derramadas lágrimas que não são choro, não são dor, não geram aperto no peito mas expandem-no. Aquele cansaço de tantas palavras que fazem tanto sentido e me agarram tanto, que me fazem ver que a impossibilidade é uma vã questão. 

Aquele cansaço que vem com uma outra palavra, gratidão. 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

sábado, 22 de junho de 2013


é no meio do furacão, onde nos apanhamos
fica-nos a surpresa, fica-nos tão funda
as ondas assentam e levantam tudo 
só vejo remoinhos, vejo tanta coisa que não dá para perceber 
quero agarrar e fazer tudo,
tudo, tudo, tudo
apagar tudo mas querer tudo

e perder nada

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013