terça-feira, 13 de setembro de 2011

ao fim da tarde, ninguém repara que vamos descalços

Leva-me daqui até que possa voltar sem erros. É aproveitar agora, que ninguém dá pela minha falta, que ninguém me quer ver. Agora que todos estão distraídos e que posso sair de fininho, levando uma fatia de bolo no bolso, embrulhada em guardanapos de festa e ainda com restos de cera derretida. Leva-me e vamos ausentar-nos por tempo indefinido, levando apenas uma caneta, para escrever os postais dos sítios por onde vamos parando. Não te esqueças apenas da saliva para os selos, importante para não se esquecerem de nós. Não precisamos de malas, nem roupa, nem cobertores. Vamos... e depois voltaremos um dia, cheios de recordações, com baús velhos para guardá-las.