segunda-feira, 11 de outubro de 2010

contamos com o calor do sol para nos iluminar as penas coloridas


e pegavam nas asas que não eram suas e tocavam outros tectos. e olhavam para baixo e viam pequenos rios de existências. e percebiam que nem todas as hélices são de barcos e nem todos os marinheiros vivem apenas em navios.

lápis de cera em quadros de giz

a intenção de te escrever, arrasta-se há mto mto tempo. tenho-me perdido nos dias e esqueço-me das palavras e dos pensamentos quando pego numa caneta. lembro-me de ti e do que tenho para te dar, quando as mãos estão ocupadas e os outros sentidos distraídos. são palavras importantes, estas palavras que tenho para ti mas esqueço-as e perco-as na beleza do momento em que as criei. mais tarde, surgem-me novas palavras, com outra música e com tanto outro encanto mas também estas, se perdem nas estradas, ficam paradas nos semáforos e perdem o comboio. mas eu não te perco a ti. tenho-te aqui, escrito com a tinta invisivel que me sai dos dedos e escreve palavras a vermelho na pele.