quarta-feira, 31 de março de 2010

parágrafo

vou pegar nisto e fazer um nunca mais cá volto. termino e não começo nunca nada mais parecido com isto que fecho agora. tranco esta porta, perco as chaves e mando a equipa de demolição aniquilar com este lugar. é tão chato, tão incómodo, tão feio, tão impossível de sustentar, tão mau, que quero ter a certeza de não ter de entrar lá de novo. e ponto.

parágrafo

segunda-feira, 8 de março de 2010

engana-se o para sempre pois nem os dinossauros sobreviveram.

porque há amor com A maiúsculo, M maiúsculo, O maiúsculo, R maiúsculo que não dura para sempre, que não constitui familia, que não tem filhos e não aparece nas fotografias em formato de coração. é talvez um amor que se define pela ausência de limites e pela incompreensão de definições. é um amor que não é só feito a dois mas se parte em um, dois, três, num milhão e se multiplica várias vezes, quando menos se espera. senta-se e espera. aguarda silenciosamente o momento de se mostrar de novo e após fazê-lo, regressa, com calma e confiança tímida ao seu cantinho. é um tal que caminha sempre paralelamente aos outros, aos que falham, desistem, desaparecem, não querem saber e até, em relação aos que são intermitentes e não sabem ficar. este não fica, é.

black skies no longer exist

vamos pedalar até ao fim da estrada, onde o mundo acaba e o céu recomeça, a cada brisa intermitente dos sonhos por sonhar.vamos inventar novos caminhos e desenhar novas idas, apagando as voltas indecisas e definindo com incertezas, as nuvens com nomes de gente.