quinta-feira, 29 de agosto de 2013

sábado, 22 de junho de 2013


é no meio do furacão, onde nos apanhamos
fica-nos a surpresa, fica-nos tão funda
as ondas assentam e levantam tudo 
só vejo remoinhos, vejo tanta coisa que não dá para perceber 
quero agarrar e fazer tudo,
tudo, tudo, tudo
apagar tudo mas querer tudo

e perder nada

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A Era do Gelo (do rio Alva)










Chá Preto

É sempre Verão por cá.

Voltei de malas aviadas, em vez de partir, decidi voltar sem nunca ter ido.

Confusão mental que sempre assolou este pensamento a mil, que permitiu viajar sem levantar vôo, viajar com as asas da imaginação. Levou-me, trouxe-me e decidiu-me aqui, ficar aqui, desenhar e escrever aqui.

Vou vou vou voando por aí, 

Estou aqui e estou ali.
Voltei e cá fiquei.

É sempre Verão por cá.


Aqui as gaivotas andam sempre no mar. Aqui as anémonas brilham no mar alto e não picam ninguém.

Aqui somos muitos, os que querem nadar com ondas frescas e baixinhas, capazes de deixar nadar recém-nascidos.

Diz aqui três vezes e voltas, em vez de ires. Fazes como eu e nunca levantas vôo, mas vôos daqueles turbulentos. 


Aqui as gaivotas andam sempre no mar e nós damos mergulhos até ao sol se pôr.

Aqui deixamos tudo em casa e apanhamos sol até a pele estar seca e salgada.

Voltei de malas aviadas e cheias, daquela bagagem boa, que me leva para onde quero ir, para voar daqui para longe-aqui.