terça-feira, 25 de agosto de 2009

sábado, 22 de agosto de 2009

nos dramas de uma casa vazia

persegue-nos o medo da solidão, apagada pelos barulhos de gente, exaltada pelo silêncio do fim do dia quando a porta de fecha, mais uma vez, atrás dos múltiplos que deixam um só, abandonado naquele espaço.
com atenção, o silêncio escutam, aquelas simples figuras, cada uma só, só uma, dada à sua singularidade inabalável mas bastante quebrável pelo frio do assustador escuro que enche a casa.
é uma casa grande, de cantos angulosos e retratos antigos. é um espaço que albergou tanta vida, tantos risos e gargalhadas, tantos momentos de motivação e emoção e que, agora está e para sempre estará, parada no tempo, flutuando na incerteza da solidão que cria mas não é sua, que lhe foge quando quer mas que a ela sempre volta, como que um fim de verão quente que retorna relembrando que é preciso fechar as portas e esconder do frio que se prepara para entrar.
são dois os últimos que nela sobram mas vivem separados pelos tempos. é um, o último que nela sobra, que não sabe que já só está enquanto deseja o que vive sem saber vivê-lo.
gosto de ficar com a marca das havaianas nos pés.